segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Guerra interna

Sou um veterano de uma guerra perdida a muito.
As cicatrizes em meu corpo como tatuagem,
O capacete verde escuro, a roupa malhada,
O sangue espirrado no rifle de combate.

Minhas trincheiras são maquinas de escrever.
O estopim de meu confronto interno, foi você.
As batalhas perdidas ao longo dos pesadelos
não são meras lembranças de tudo que passamos.

Acredite... A derrota tem gosto amargo
Asfalto, lama, álcool.
As tatuagens agora não passam de cicatrizes.

Aquela luta de espadas, da qual travamos com apenas olhares.
Pedaço de papel, giz de cera, fiz um presente.
Que hoje deve estar no fundo do baú, abandonado.
Você é meu inimigo? Amigo? Amor?

Meu lápis HB, escreve você passo a passo,
Curva a curva, eu não posso te esquecer.
A virada da ciranda da vida, não pode terminar de passar.

Um comentário:

Dayane disse...

nossa ! esse ficooou muito, muito, muito bom.
adorei : 'Minhas trincheiras são maquinas de escrever.'