domingo, 13 de dezembro de 2009

Imaginário popular

O mundo é o que vemos
E o que sentimos
Somos humanos, e por isso existimos
Estamos aqui de pé olhando para esta estrela áurea
Estamos aqui de joelhos neste altar de sangue
Estamos aqui esperando o julgamento divino
Se não vejo, se não sinto
Simplesmente rejeito sua existência
E passo a viver tranqüilo
Santos e pecadores no mesmo purgatório
No mesmo confinamento astral.

Muitos poetas
São do imaginário popular
Lendas urbanas, que passaram sobre a terra
E de pé sofreram dos mesmos problemas
Que homens normais sofrem hoje em dia.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Adão e Eva

Água doce
Estrelas no céu
Flores coloridas
Nada me faz ser feliz
Do que me lembrar do passado.
Da infância,
Aprisionada em fotografias.
Nada me entristece,
Alem do seu olhar negativo
Sobre meus ombros enfraquecidos
Pequenos príncipes, e viagens no tempo
Física quântica, e anatomia humana
Livros de poesia jogados pelo chão
Nada resume a obra e a vida
De nenhum mortal único neste mundo.
Água doce e salgada
Beijos carinhosos e abraços de adeus
Romances lidos em bancos de praça
Nada pode afastar meus pensamentos daquela moça
Com aquele belo sorriso
E aquela estranha relação com sigo própria
Tenho medo da escravidão, tanto abordada nos sonetos
De amor e solidão
Escuto musicas de amor, para tentar aliviar o pesar
Os dedos não sentem mais a areia correndo
Os olhos não vêm mais a luz do sol
Não existe beleza no mundo da escuridão
Que o amor lança sobre nós
Assim que abandona nosso corpo
E agora me banho neste altar
Pedindo perdão, por não saber juntar adão com eva

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O senhor Paulo Leminski

Será que imito o senhor Paulo Leminski?
Ou simplesmente quando leio o que escrevo
O lembro
Ou quando o leio me lembro?
Misterioso mundo das poesias
Das paginas em branco
Dos poetas marginais
Da poesia anarquistas
MALDITO mundo das idéias
Que confunde nossa cabeça oca!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Amadurecendo

Quando passo a achar que estou amadurecendo
Viro criança na primeira oportunidade
A moça do cabeleireiro errou,
Sou criança e choro pela barba perdida
Ate aprece o brinquedo esquecido
O vôo as 4:20 entro as 4:19
Sou criança, por não entender a importância
Dos compromissos em outra cidade
Quero usar bermuda e chinelos
Sou criança porque sei que o
Don Juan II não olhará
Quero dormir, quero fumar
Nada posso, então imploro, choro
Me torne criança de verdade de novo

A moça de preto

A moça de preto
Caminha sozinha pela areia
Para algumas vezes e olha
Para o mar, e passa apensar
Sua aura é tão melancolica
Que eu sou capaz de sentir
O amor que ela acabou de perder

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O louco e a dama

O homem que ama a louca
A dama vestida de branco
O louco sentindo o drama
De amar incondicionalmente.

Tal sentimento nefasto,
Sombrio, que absorve os poderes
Malditos,
Da dama, do louco e do vestido branco
De noiva, de moça, de louca.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Suicídio lento

Cigarros e mais cigarros,
O que sou capaz de fumar eu fumo,
E cometo esse suicídio esfumaçado
Lento e gradativo
Meus pulmões choram
E clamam por perdão
O que sou capaz de queimar eu queimo
E as cinzas do cinzeiro sou capaz de aspirar
Envelhecido pelo tempo e a carteira diária
Escrevo poesias com a fumaça da boca
Contando minhas vontades mortais.

Anjo Rafael

É a bermuda ou a cara de louco
Que me impede de ascender neste
Tal anjo Rafael
Tão majestoso e imponente
São as leis de Deus
Ou a arrogância do homem
Que simplesmente barram a subida
De um homem tão ordinário
Como eu?
Me revolto, mas me acalmo
Com uma musica nos ouvidos
E um cigarro na boca
Agora eu espero minha mãe
Simplesmente impaciente
Quase sem cigarros mas
Com poesia eu aguardo

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Auto-reflexão

Não consigo dormir com este sentimento de culpa circulando em meus pensamentos. Eu não sei se deveria esclarecer para mim mesmo o que sinto, ou se deveria deitar novamente em um divã para tentar achar a resposta. Não acredito no poder de nenhum deus, mas agora tremo de medo por não acreditar em nada. Refugio-me nas poesias dos que escrevem tão bem, sinto vergonha das porcarias que estou acostumado a escrever. Sinto-me como um fracassado, e que todas as minhas tentativas de construir uma relação com outra pessoa sempre falham drasticamente. Acredito agora que nenhuma estrela esteja olhando para mim, e acredito que ninguém esteja pensando em mim neste exato momento. Mas eu passo tanto tempo pensando em algumas pessoas, que nem sei se elas merecem tanto desperdício de tempos. Sim, minhas poesias tornam-se refúgios mais bem elaborados, pois acredito no poder que elas exercem sobre minha vida um tanto medíocre. Não vivo uma tragédia Shakespeariana, não morro de amor por ninguém, não vejo o espírito morto do meu pai (mas bem que eu queria de). Muito menos vivo uma comedia shakespeariana, nãos costumo rir ou sentir felicidade. Os braços reconfortantes de um abraço, não me esquentam com a facilidade como deveriam. Nem quando amo, os olhos brilham como deveriam. Nem quando choro, as lágrimas escorrem verdadeiramente. Nada que deveria acontecer anda acontecendo, e eu me sinto perdido, em busca deste refugio que é minha mente melancólica. Mas a culpa não diminui quando eu escrevo estas frases desconexas, o desespero não acalma com as metáforas e rimas. Gostaria de ter uma conversa franca com amigos, gostaria de contar mais sobre mim, e eu penso, que isto é um confessionário, mas idealizo este papel como um divã pessoal. Dr. Paulo estaria orgulhoso da minha auto-reflexão. Temi a morte e a solidão por anos tão longos, chorei por tanto tempo a morte de meu pai que acho que encarei com mais facilidade o outro marco mortal em minha vida. O arco e os astros movem-se em direções obscuras, e eu temo o caminho que eles vão traçar para encontrar seus destinos incertos. Meu destino incorreto, meus desejos mortais.

Te

Escrevo-te por ser fraco
Descrevo-te por te amar
Amo-te por desejo
Entrego-te por descuido
E por ser fraco
Perco-te em devaneios
Celestes e espirituais
Hoje sou um completo fracasso
Um mendigo sem lar
Um poeta sem clientela

E agora...

Escrevo-te por ser fiel
Descrevo-te por ansiedade
Amo-te por angustia
Entrego-te por maldade
Perco-te por destino.

Epitafio

Sem você eu não existo
Enterro-me a 7 palmos do chão
Para nunca mais ver o nascer de um novo dia
Que aos poucos se tornou sem sentido

Sem você prefiro me exilar no topo da montanha mais alta
Que se chama morte
E estas palavras estarão gravadas na lapide de mármore branco
Para que todos possam ler, minha infelicidade e angustia
Perante tais acontecimentos de vida

“nunca mentir sobre coisas pequenas,
Viver a vida cada dia, sem importar-se se a lua é prateada
Ou se o sol ilumina todo dia
Nunca diga que ama alguém, quando não ama realmente
E não diga toda hora que sente muito
Pois é bom machucar o sentimento dos outros de vez em quando”

Uma outra pessoa

Uma outra versão sua
Aquela espelhada na parede do meu quarto
Está guardada em minhas memórias
Meus sonhos com você
Não costumam ser mais os mesmos
E eu nem costumo mais tê-los
Talvez eu deveria agradecer
Por tais pensamentos e sentimentos
Não se confundirem no mundo dos sonhos
Pois no mundo desperto posso ter medo disto tudo
Então o espelho se quebra
Minhas lagrimas se acalmam
O que você deveria ser acabou
E eu te esqueço pouco a pouco
E agora novas imagens se formam na parede
Novos poemas vão nascer
Pois estás morta agora
Eu lhe enterro
Velho amor
Maligna mulher
Que roubou meu coração e o enterrou em uma cova rasa