quarta-feira, 4 de agosto de 2010

só três

eram cinco horas da tarde
e naquele momento só três coisas importavam
o por do sol que escorregava pro infinito e escuro véu noturno
Mercúrio que mergulhava junto ao esquecimento
e a picada do escorpião

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

REando

Recife reando por seus lugares.
entranhas familiares
de ruas mal vividas,
mal faladas.
caminho feito um louco
em sua madrugada sombria,
de pernas cabeludas
e pontes fantasmagoricas.
descubro lugares esquecidos.
rebusco um olhar poético,
em suas janelas abandonadas.
padrões estéticos,
da cana de açúcar,
dos senhores escravistas,
das naus a naufragar.
Recife me vem a mente
sempre assim veemente
como deve ser.
figuram no imaginário popular,
danças e folguedos...
nada mais.