sexta-feira, 26 de junho de 2009

Fico muito triste

Fico muito triste
Que por ventura tenhamos nos afastado
Nos odiado
Matamos o tempo com aqueles velhos costumes
Mais velhos que nosso encontro
Nada mais é belo, nada mais é triste
Nada mais é lagrima, nada mais é sorriso
Carrego dentro do peito
Um nome em chama
Batendo num ritmo acelerado
Tentando gritar
Tentando respirar
Fico muito feliz
Que tenhamos nos encontrado
Hoje sou um discípulo da alegria
Que enterra a melancolia
Debaixo do travesseiro

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mar lacrimal

Escrevi na areia
Palavras levadas pelas ondas
De um mar tenebroso
E cheio de lagrimas
Minhas palavras lavadas
Nunca vão repetir
Tamanha audácia
Tamanha fúria
Quantos papeis em branco
Em que eu poderia ter guardado
Algo tão importante
Rabisquei na parede
Meus sentimentos
Obscuros e esquecidos
Quando pintaram a parede
Aquele mar de ondas lacrimais
Lavou você de minha lembrança

terça-feira, 23 de junho de 2009

sábado, 20 de junho de 2009

Fome Voraz

Hipocrisia é a falta de respeito com quem está ao seu lado... imaginar que essa pessoa nunca vai descobrir que você está sendo falso e dissimulado, é uma boa maneira de construir uma relação da forma que quiseres. Mas tome cuidado meu bem, pois as mais solidas construções sempre tem infiltrações. E o ódio e o rancor afloram com uma fome voraz, e uma força que eu sou incapaz de deter.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Gotas

Gotas fortes batem no chão
Molham a grama
Trazem vida dos céus
Seriam elas lagrimas?
Ou simples gotas que batem no chão?

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Puritanos

Vocês falam
Como se fossemos
Ratos entorpecidos
Cheirando sua comida
Nós só não somos
Assim
Cuidamos do horóscopo
E das correntes enferrujadas

terça-feira, 16 de junho de 2009

A voz

A voz soou na cidade
Como uma nuvem distante
Os cidadãos caíram
Hoje mortos
Caminham soltos
Isto não me aflige
Nada obstrui o meu progresso
Em olhar pela janela
E ver o sol tocando o mar

Meus ouvidos sangraram
Quando a voz soou mais de perto
Delirando, dessa vez fui eu que cai
Nos pés da sociedade
Compulsiva
Hoje morto
Caminho torto
Pois nada os impede
De construírem a parede

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Porto

Nos teus braços quero estar
Quando tudo voltar a começar
A chuva o frio, o sol o calor
Entregue e seguro, no porto do seu mar
Peguei no sono e confortável
Só acordei no dia seguinte
E vi que teus braços rodeavam meu corpo
E quando tudo começar
Vou estar aquecido do frio
E amarrado para não boiar para o infinito

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Criança interior

Meus dedos sujos de tinta
Meu borrão quebrado
Quantas palavras escritas
Quanto sofrimento liquido

Hoje estou em dor
Agonizando no bar
Tentando me acalmar
Mas o por do sol
Não deixou

Minha criança interior
Começou a chorar
Viu o sol, e andou sozinha
Soltou minha mão
E subiu ao céu

terça-feira, 9 de junho de 2009

Canto de reflexão

Este é meu canto de reflexão
Minha prisão, minha meditação
Meu copo de café, minha taça de vinho
E tendo fé no escuro
Adormeci

Acordei

Lá eu me enganava
Lá eu chorava
Corria contra o tempo
Cegava a razão
De mãos atadas rezava

Mas não pensava

Mas agora estou só, encolhido
Com frio, procuro um cobertor
E isto é um ciclo
Crença e descrença
Caos e mentira
Medo e dilema

E aqui eu encerro

Minhas atividades

Declaro o Fim

Eterno fim

Fim

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Crimes

Quantas palavras eu não engoli
E quantos lápis gastei
Folhas e mais folhas assinadas
Com o seu e o meu nome
Ate as borrachas que usei foram de mais
Desnecessárias
Quantas mágoas eu cuspi
E deitei para dormir
Anos são muitos quando desperdiçados
Os crimes que comecei
E que nenhum eu terminei
Tudo que eu fiz
Ei! Deixe um pouco de cerveja para mim
Quero ficar bêbado
Mais uma vez ao seu lado
E cometer outra besteira
Falar outra asneira
Vomitar no seu tapete
Quantas palavras carregadas de magoas
Eu proferi
Joguei no seu peito
Enfiei em sua consciência
Espanquei o seu ego
Amei sozinho por muito tempo
O espaço vazio e solitário
Negro e azul
De Céu de nuvens violetas

Mas hoje não tenho nada
Nem alegrias nem muito menos tristezas
Vejo o branco que eu deixei
e minhas palavras não conseguem tocar

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Borboletas

A força que fez a borboleta
Quando pousou em meu dedo
Foi de tamanho desinteresse
Que vi o colorido de suas asas passar pelos olhos
E hipnotizado
Cai num choro, meloso e desesperado
Engasgado com meus soluços
Procurei, e não achei
Onde estava a borboleta?
Havia desaparecido
Por isto sorri
Sabia que estava enganado
A força era tamanha
E tão interessante

terça-feira, 2 de junho de 2009

Seu retrato

Dias e noites
Olhei pro horizonte
E vi você
Eu pedi calma
Para meus sonhos
Mas eles me torturavam
Vagos deja-vus
Seu retrato pairava em meio a tantos livros
Mas ali eu mergulhava
E permanecia acordado