terça-feira, 3 de junho de 2008

O velho Monge

O monge, caminha lentamente pela estrada que leva ao topo da montanha. Respira lentamente, analisa cada etapa de seu trajeto. Observa cada pedra, ouve o canto de cada pássaro, e vê todos os pequenos mamíferos passarem por entre os arbustos. A subida é árdua e complicada, nada é simples. A idade do velho monge não atrapalha em nada a velocidade constante de seus passos. Um depois o outro. Logo apos algumas horas, chegando ao topo o Monge senta em lótus, e começa a meditar na beira de um lago que é alimentado por uma cascata. De olhos fechados ele escuta toda aquela água, e começa a se acalmar, a respiração começa a ficar pausada. Suas idéias e pensamentos iriam se mesclar formando novos sentimentos, suas ideologias iriam parecer cada vez mais corretas, e suas duvidas e problemas receberiam respostas simples. Ao preço de uma grande caminhada o Sábio monge receberia respostas, e fazia isto todos os dias, repetidamente, algumas horas para subir alguns minutos meditando e outras tantas horas para descer. E a felicidade do Monge é sem duvida reparar que cada pássaro continua cantando e cada pequeno animal continua por ali. Fazendo sol ou chuva ele nunca interrompe seus passos, ou volta atrás. E se uma outra pessoa passasse por ali iria pensar que o Velho não tinha mais idade para aquele trajeto, de que era perigoso. E iria perguntar sem pudores por que o Monge insistia em fazer aquilo todos os dias.

O velho, sábio ou monge, iria responder “Que as coisas mais simples da vida podem ter as mais densa das respostas"

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