quarta-feira, 4 de junho de 2008

Carta para o relógio

por volta das quatro horas
o tempo parece me esmagar
e com as facas da vida
tento destruir o rélogio

por volta das seis e meia
as tendencias suicida
que como uma corda enrolada no meu pescoço
ameaçavam minha sobrevivencia

por volta das oito e quarenta e cinco
o calor esta com sede
a roupa jogada no chão
as gotas escorrendo pela testa

por volta das nove, e quem sabe nove e dez.
a nostalgia de um bom sonho
do travesseiro esquecido
dos amores escondidos

por volta das duas da manha...
o susto de que tenha alguem ali
a lembrança de que estou sozinho
e a certeza de estar vivo

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