domingo, 23 de novembro de 2008

O desabar

Você era uma pagina em branco
Que meu grafite não conseguiu escrever
Estranha, e bela...
Nem me parece, hoje,
Lógico, ter te amado tanto
Ter chorado em prantos
Você é uma mulher normal
Perigosa, e bela...
Daquelas que é difícil deixar para traz
Nem me parece interessante, amanhã,
Pensar em te recuperar,
Minhas entranhas dizem que sim
Meus sonhos, que não
Meus olhos ansioso não vêem uma parede branca
E meus pés não sentem o chão
Meus sonhos de amante, menino, poeta
Pedem perdão, mas eu estou, aqui, perdido
Sem saber como chegar até os seus dedos...
Domingo de noite, não quer dizer nada.
Escrevo agora como um trapezista
(não como um certo poeta que vive em mim)
Que tenta equilibrar-se no ar
Querendo desabafar, tentando não chorar

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