sábado, 20 de setembro de 2008

ultimo cigarro

Tarde da noite.
Tudo escuro,
Algumas luzes, dos postes distantes de alguma rua.

Andando sozinho
Tremendo de frio
Lembrando daquele ultimo cigarro que fumei agora há pouco.

Se for preciso
Eu parto,
Eu quebro tudo
Apago o cigarro.

Eu paro de beber,
Esqueço o café
Faço de tudo para te largar em qualquer lugar, com meu isqueiro vermelho.

Vou trazer as balas de menta para o quarto
A garrafa d’água
Os livros de literatura, que residem sozinhos em outro aposento.

Para te esquecer
Eu paro de fumar
Começo a cantar melodias tristes e cinzentas que combinem com a noite.

Pouco iluminada,
Nem o braseiro
Que habitava meus lábios, esquio e quente, consegue iluminar.

Vou assobiar aquela nossa canção
Por que para te esquecer
Eu paro de fumar

Você para nós foi em vão
Como um lampião repetindo o brilho das estrelas
Eu para nós fui em vão
Lembrando daquele dia, que dia, em que nos dois ainda existia.

Eu ainda tremo
Pela manhã
Lamentando aquele ultimo cigarro que fumei.

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