terça-feira, 27 de julho de 2010

Poesia anarquista 18

não vejo minhas poesias como guias
mas sim como uma grande reflexão autobiográfica
não escrevo para ser admirado, entendido,
tolido de expandir meus horizontes
criativos e apolíticos.
minha poesia tem vida,
e vontade própria
deixo que ela fuja na página,
com gosto de vingança,
por ter sido posta pra fora.
sinto que todas as minhas crias,
me odeiam, e queriam ser guardadas no interior
de meus pensamentos sombrios.
mas eu me regozijo em alegria
quando as vejo com rosto
chorando de agonia
recebendo o vento da vida
o sopro da poesia.

Um comentário:

Pati disse...

e são essas poesias que não tem expectativa de serem lembradas, que crescem e ficam pra vida inteira.