sábado, 17 de julho de 2010

Poesia anarquista 15

Meu copo anda displicente,
os cigarros não tem volta.
a morte companheira.
minha poesia jovem,
rebelde,
não prende-se em correntes,
nem guia cegos leitores
ao descobrimento das metáforas.
meu corpo é pessoal,
minhas pernas acompanham
o movimento de rotação.
os olhos observam as estrelas
contando histórias sobre os signos,
uma narração abstrata
sem melancolia aparente.
a abóbada celeste,
as nuvens carregadas,
figuram minha linguagem.
sou poeta, daqueles indigentes
criança que soltou a mão na multidão.
a tosse não cansa,
o fígado tem folêgo.
o gozo de pensamentos,
prazeres da cama.
lagos, rios, mares,
planíces e montanhas,
descampados cheios de palavras chave
que abrem os portões das ideias celestes.

Um comentário:

Pati disse...

acho que isso também é liberdade.