segunda-feira, 19 de julho de 2010

Poesia anarquista 16

não é assim que escrevo
mergulhando na página escura
sem pretenções de terminar.
já começo com meio e fim,
num gozo astral de palavras mortas
como mosquitos em páginas em branco.
sangue negro que escorre da minha caneta,
que rasbica formas e sentidos,
sem sentido, sem formas.
poesia pichada na parade da escola
anarquista servindo o exército
dos futuros intelectuais.
suicida nato.
poeta tato
um simples quadrado.

Um comentário:

Pati disse...

já eu acho que não tem fim.
pelo menos eu sempre sinto aquele gostinho de continuação.