que saudade que espremeu o peito
veio sorrateira e marejou os olhos
eram socos dados com jeito
bem na boca do estômago das lembranças
eu via neste instante as imagens
do grande sertão Marizá
das flores que haviam lá
o Vô a Vó, que vontade de chorar
a saudade é também de caminhar
entre as palmas e sisais
de sentar junto ao fogo
do "witchi tai to"
a velha senhora com suas histórias
o labirinto e suas respostas
da terra sem sangue e muito suor
da areia branca onde repousa o povo amigo
lembranças memoráveis dos tempos de paz
das meditações e visões
imagem marcante do caminho sagrado
em rodas da cura eterna
Do grande sertão Marizá
tudo eu vou guardar
e nunca esquecer
da ida e da vinda
dos momentos de alegria
das rodas de cantoria
de toda aquela energia
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Um comentário:
pelo menos é uma saudade gostosa.
sempre lembrar de tudo de bom que sentiu lá e ver como valeu a pena.
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