segunda-feira, 5 de julho de 2010

Saudades de Marizá

que saudade que espremeu o peito
veio sorrateira e marejou os olhos
eram socos dados com jeito
bem na boca do estômago das lembranças

eu via neste instante as imagens
do grande sertão Marizá
das flores que haviam lá
o Vô a Vó, que vontade de chorar

a saudade é também de caminhar
entre as palmas e sisais
de sentar junto ao fogo
do "witchi tai to"

a velha senhora com suas histórias
o labirinto e suas respostas
da terra sem sangue e muito suor
da areia branca onde repousa o povo amigo

lembranças memoráveis dos tempos de paz
das meditações e visões
imagem marcante do caminho sagrado
em rodas da cura eterna

Do grande sertão Marizá
tudo eu vou guardar
e nunca esquecer
da ida e da vinda

dos momentos de alegria
das rodas de cantoria
de toda aquela energia

Um comentário:

Pati disse...

pelo menos é uma saudade gostosa.
sempre lembrar de tudo de bom que sentiu lá e ver como valeu a pena.