não é assim que escrevo
mergulhando na página escura
sem pretenções de terminar.
já começo com meio e fim,
num gozo astral de palavras mortas
como mosquitos em páginas em branco.
sangue negro que escorre da minha caneta,
que rasbica formas e sentidos,
sem sentido, sem formas.
poesia pichada na parade da escola
anarquista servindo o exército
dos futuros intelectuais.
suicida nato.
poeta tato
um simples quadrado.
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Um comentário:
já eu acho que não tem fim.
pelo menos eu sempre sinto aquele gostinho de continuação.
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