domingo, 8 de março de 2009

Dialogo longínquo

Não sei quais os fundamentos da vida, não sou capaz de entender a morte, e por enquanto vou me manter alheio a este assunto. Devo aprender a caminhar sobre minhas próprias pernas, cair de cara na areia salgada da praia dos desesperados, sedentos por conhecimento, seja ele cientifico, filosófico ou popular. Tenho apenas duas décadas de vida, já parei e voltei a fumar diversas vezes, uma tentativa patética de me libertar da sociedade. Não quero ser alguém nas margens, nem quero ser um partidário babaca. Quero ser quem eu sou, e descobri-lo a cada dia que passa. Quero achar meu tempo, perdido no pântano dos meus sonhos, quero desenterrar os tesouros esquecidos do meu passado, quero viver meu presente, futuro ate o dia do fatídico fim.

Cansei de ser apocalíptico, e pensar no fim, ele chegará e me levará... mas até lá? Há, esperarei vivendo intensamente meus ideais de loucura.

Sou apenas um garoto vivendo estranhamente neste planeta desigual, desumano, descomunal. Minhas lagrimas não conseguem mais lavar a sujeira que vejo nas ruas todos os dias.

Estou suado, e sou sem graça, sem sal nem pimenta. Não tenho gosto, nem cheiro. Sou arrogante, e bisbilhoteiro, sempre procurando as chaves da razão. O mar caótico interno corrói meu ser externo, estampa para o mundo o quão fraco estou agora.
Já não sei, nem se devo saber. Mas há algo errado com tudo isso que vivemos. Esses estilos de vida, toda essa religião e esses conceitos de vida. Tantas regras para serem quebradas, tantas desigualdades a serem mantidas.
Temos que quebrar os paradoxos desta existência mesquinha. E precisamos aprender a ser altruístas e viver em harmonia uns com os outros... Seres humanos e vermes insignificantes.

Sendo os gananciosos, parte dos vermes, e os sonhadores parte do todo.

Um comentário:

Pati disse...

Tem certas coisas que fizeram só as perguntas, e esqueceram as respostas.
E é melhor ficar sem saber, dependendo.


Por isso gosto do carpe diem, é bem mais fácil.