Usas do uso das palavras
Hermeticamente rebuscadas
Para de luxo transar
Ergue feito taça
Seu texto dourado
Que mais parece uma traça
No lixo a gozar!
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Desestrutura
Desestruturação
_______E
______________S
___T_______R
_U
_____________________TU
_______R
AA
_________AÇÃO
(o blog n me permite postar na diagramação correta, então vou colocar _ no lugar de espaços)
_______E
______________S
___T_______R
_U
_____________________TU
_______R
AA
_________AÇÃO
(o blog n me permite postar na diagramação correta, então vou colocar _ no lugar de espaços)
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Digo
Digo mais
E digo mais ainda
Abro o peito e grito:
“Meu eu poético
É espelho de palavra bruta,
Polida, cosida, escondida
Versos em forma de gruta.
Guturalmente esbravejada.
Uso do eu para falar
do que não é meu
encontrando no escuro
letras em forma marchando"
E digo mais ainda
Abro o peito e grito:
“Meu eu poético
É espelho de palavra bruta,
Polida, cosida, escondida
Versos em forma de gruta.
Guturalmente esbravejada.
Uso do eu para falar
do que não é meu
encontrando no escuro
letras em forma marchando"
quarta-feira, 13 de julho de 2011
o que pensa sua mãe sobre os poetas?
O que pensa sua mãe sobre os poetas?
Vádios, arredios, sombrios.
Não chega a ser mentira...
Ela caminha entre passos largos
E atira como assobio de flecha
No peito amargo do poeta amado:
Que ele é um sujo e e mal-lavado
Prosódico, usurpador de sonhos alheios
Trabalhador ameno sempre o mal-falado
É mesmo um caralho, encardido, salafrário
Um pé no saco, estorvo, quase um corvo
Vive deitado, dormindo, roncando
Que não sabe o que é horários, datas e compromissos
Que bebe sempre, que fuma escondido a erva do diabo
Que é o próprio diabo...
Arrogante, pedante, infame, rompante
Nunca o herói, o principe ou o cowboy
Sempre o cavaleiro errante
Um eterno infante, perdido na pueritia...
Procurou outros adjetivos, encontrou-os,
Mas com lágrimas nos olhos
Os espectadores retiraram-se da sala
E foram se amar...
Vádios, arredios, sombrios.
Não chega a ser mentira...
Ela caminha entre passos largos
E atira como assobio de flecha
No peito amargo do poeta amado:
Que ele é um sujo e e mal-lavado
Prosódico, usurpador de sonhos alheios
Trabalhador ameno sempre o mal-falado
É mesmo um caralho, encardido, salafrário
Um pé no saco, estorvo, quase um corvo
Vive deitado, dormindo, roncando
Que não sabe o que é horários, datas e compromissos
Que bebe sempre, que fuma escondido a erva do diabo
Que é o próprio diabo...
Arrogante, pedante, infame, rompante
Nunca o herói, o principe ou o cowboy
Sempre o cavaleiro errante
Um eterno infante, perdido na pueritia...
Procurou outros adjetivos, encontrou-os,
Mas com lágrimas nos olhos
Os espectadores retiraram-se da sala
E foram se amar...
sexta-feira, 24 de junho de 2011
repetido
Acordei um dragão de palavras mocas.
Repetia no repetido repertório da repetição
Repartindo o retraído, metralhando versos.
A doce dança dançava num ritmo intenso
Repetindo os mesmos passos doces
de uma mesma dança doce.
Eterna é a palavra que cai em desuso desigual
Alitero aqui, o agora,
Repito tudo em métrica vã.
Insisto em existir poesia.
Desisto de ser ou ser o ser...
Repetia no repetido repertório da repetição
Repartindo o retraído, metralhando versos.
A doce dança dançava num ritmo intenso
Repetindo os mesmos passos doces
de uma mesma dança doce.
Eterna é a palavra que cai em desuso desigual
Alitero aqui, o agora,
Repito tudo em métrica vã.
Insisto em existir poesia.
Desisto de ser ou ser o ser...
terça-feira, 24 de maio de 2011
Máscara
folhas ao vento
de árvore, cata-vento
de página, ponto pronto
poema exposto
máscara rosto
olho morto
mascara o todo
pronto e roto
de árvore, cata-vento
de página, ponto pronto
poema exposto
máscara rosto
olho morto
mascara o todo
pronto e roto
quarta-feira, 18 de maio de 2011
espera sonora
Existe um grande abismo
Entre a voz que escuto
E o sabor doce que sinto
Ao beijar seus pés descalços
Tocando as ondas do litoral
Vejo em meus sonhos
Imagens sonoras de nós dois
Gestos incansáveis de doçura
Investidas com ternura
Alma calma tato
Cansada fato
De tanto esperar
Entre a voz que escuto
E o sabor doce que sinto
Ao beijar seus pés descalços
Tocando as ondas do litoral
Vejo em meus sonhos
Imagens sonoras de nós dois
Gestos incansáveis de doçura
Investidas com ternura
Alma calma tato
Cansada fato
De tanto esperar
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Frases soltas no ar
Poesia precisa de terra molhada, pode ser de lágrima
*
Uma página em branco, não finge nada
*
Deus não existe, o homem é um grau superior a Deus
*
O hoje não é tangível
*
Tem um pássaro cantando na árvore do outro lado do mundo, e eu escutando seu pranto
*
Um grande poeta, ou seja, nada
*
Uma página em branco, não finge nada
*
Deus não existe, o homem é um grau superior a Deus
*
O hoje não é tangível
*
Tem um pássaro cantando na árvore do outro lado do mundo, e eu escutando seu pranto
*
Um grande poeta, ou seja, nada
sábado, 16 de abril de 2011
frase
Para aqueles que surtam no banheiro, é muito fácil surtar na frente do espelho
*escrito em Dezembro de 2010 na cidade de São Paulo, num pequeno post-it
*escrito em Dezembro de 2010 na cidade de São Paulo, num pequeno post-it
terça-feira, 12 de abril de 2011
com verso
converso
com versos
na ponta da língua
declamo boêmias
com a fala embolada
tropeço enquanto recito
caio no chão
na hora da letra
confesso!
sou poeta...
com versos
na ponta da língua
declamo boêmias
com a fala embolada
tropeço enquanto recito
caio no chão
na hora da letra
confesso!
sou poeta...
segunda-feira, 4 de abril de 2011
minha poesia
A poesia que carrego
No olhar frágil
Me carrega nas costas
Sem esforço
Nas mãos pálidas
De um poema cego
Carregado de nada
Anda empurrando pedra
A poesia que guardo
No bolso amassado
Me guarda na estante
Sem rancor
Nos olhos pálidos
De um livro empoeirado
No olhar frágil
Me carrega nas costas
Sem esforço
Nas mãos pálidas
De um poema cego
Carregado de nada
Anda empurrando pedra
A poesia que guardo
No bolso amassado
Me guarda na estante
Sem rancor
Nos olhos pálidos
De um livro empoeirado
sábado, 2 de abril de 2011
Ritualistica poética
O dia fluía
Igualmente,
Chato.
Todas as marchas
As chamas,
Clamavam
Por perdão.
Perdão!
O rito macabro.
Ritual do Cairo.
Pirâmides,
Erguidas no osso.
Escravos,
Flores,
E saco.
Estou sem saco!
Uma campainha
Grita
Apita a campanha
São sinos
Eternos
Na torre da igreja.
Não vou à igreja
O relógio
Bate
O nada,
A hora.
Sem hora,
Que nada!
Acabou...
Tá acabado!
Igualmente,
Chato.
Todas as marchas
As chamas,
Clamavam
Por perdão.
Perdão!
O rito macabro.
Ritual do Cairo.
Pirâmides,
Erguidas no osso.
Escravos,
Flores,
E saco.
Estou sem saco!
Uma campainha
Grita
Apita a campanha
São sinos
Eternos
Na torre da igreja.
Não vou à igreja
O relógio
Bate
O nada,
A hora.
Sem hora,
Que nada!
Acabou...
Tá acabado!
quarta-feira, 23 de março de 2011
Cachorro sem dono
Sou um cachorro sem dono,
Que ladra com sono.
Passo fome na calçada.
Manco, sou bangela,
Pois todo ser humano
Quer me torturar.
Sou marginal, atravessado,
Roo osso do lixo.
Mordo o povo rico,
Só para me proteger.
Vivo preso entre ruas,
Latindo para a mesma lua,
Que brilha.
Quando me mantenho vivo...
de mês em mês.
Que ladra com sono.
Passo fome na calçada.
Manco, sou bangela,
Pois todo ser humano
Quer me torturar.
Sou marginal, atravessado,
Roo osso do lixo.
Mordo o povo rico,
Só para me proteger.
Vivo preso entre ruas,
Latindo para a mesma lua,
Que brilha.
Quando me mantenho vivo...
de mês em mês.
sábado, 19 de março de 2011
Haikais(14)
Uma fila Homérica
não sabia
o que era poesia
ampulheta
o tempo me parece
um homem perneta
a arte literária
enche livros
a fome é agrária
não sabia
o que era poesia
ampulheta
o tempo me parece
um homem perneta
a arte literária
enche livros
a fome é agrária
sexta-feira, 18 de março de 2011
pensar real
quando separou-se
o pensamento
a realidade
brilhou refletida
num céu sem
vida.
aves que voam
no espelho opaco
transformam
as nuvens em
um nada
absoluto
mas o sonho
viveu
um espelho
prensado
numa realidade
meio morta
voou
pensando
o homem real
num sonho
de nuvem
flutuando no nada
refletiu
o vácuo
no vazio
olhado
do espelho
quebrado
a ave viva
voa no céu
espelhado
desta realidade
cansada
vivendo opaca
quando separou-se
a lâmina fria
a janela aberta
mostrou a brisa
o campo dançou
o homem brilhou
o pensamento
a realidade
brilhou refletida
num céu sem
vida.
aves que voam
no espelho opaco
transformam
as nuvens em
um nada
absoluto
mas o sonho
viveu
um espelho
prensado
numa realidade
meio morta
voou
pensando
o homem real
num sonho
de nuvem
flutuando no nada
refletiu
o vácuo
no vazio
olhado
do espelho
quebrado
a ave viva
voa no céu
espelhado
desta realidade
cansada
vivendo opaca
quando separou-se
a lâmina fria
a janela aberta
mostrou a brisa
o campo dançou
o homem brilhou
quarta-feira, 16 de março de 2011
Haikais(13)
Beber cachaça
a mente chocalha
e cria asa
1
Iceberg
aquela parte pequenina
está na entrelinha
2
Iceberg
aquela parte esquecida
permanece na entrelinha
Quanto mais escrevo
Haikai
mais minha mente vai
O livro caiu
na terra
o poeta nunca erra
a mente chocalha
e cria asa
1
Iceberg
aquela parte pequenina
está na entrelinha
2
Iceberg
aquela parte esquecida
permanece na entrelinha
Quanto mais escrevo
Haikai
mais minha mente vai
O livro caiu
na terra
o poeta nunca erra
terça-feira, 15 de março de 2011
Haikais(12)
O homem-ser
vive inteiramente
sem saber
Quando li distraído
extraí com cala
o escombro destruído
falei
e naquele momento
criei
A dança do fogo
simples e cativante
esquenta a regra do jogo
vive inteiramente
sem saber
Quando li distraído
extraí com cala
o escombro destruído
falei
e naquele momento
criei
A dança do fogo
simples e cativante
esquenta a regra do jogo
segunda-feira, 14 de março de 2011
No Sono
Veja no sono
o rosto o gozo
o nado sonho
a nada utópica
mergulha no fosso
de óleo ardente
ideiáticas estáticas
estátuas cantando
e tocando lira
pensa na névoa
etéreo fantasma
caminha sozinho
eterno camarada
veja no sono
rosto do gozo
sonha com o nada
o nada utópico
o rosto o gozo
o nado sonho
a nada utópica
mergulha no fosso
de óleo ardente
ideiáticas estáticas
estátuas cantando
e tocando lira
pensa na névoa
etéreo fantasma
caminha sozinho
eterno camarada
veja no sono
rosto do gozo
sonha com o nada
o nada utópico
domingo, 13 de março de 2011
Noites de silêncio
Uma musica ruim
rosoa na sala.
a festa cresce,
a gente muda,
dança
o som dos espiritos
que em noites caladas,
estrondos surdos,
dostroi consciencias
acordadas, de tanto
requebrarem a alma.
a calma acontece,
nas festas, que nem sabe-se
quem é,
aquilo que os copos dizem
em noites de silêncio
rosoa na sala.
a festa cresce,
a gente muda,
dança
o som dos espiritos
que em noites caladas,
estrondos surdos,
dostroi consciencias
acordadas, de tanto
requebrarem a alma.
a calma acontece,
nas festas, que nem sabe-se
quem é,
aquilo que os copos dizem
em noites de silêncio
sexta-feira, 11 de março de 2011
escrevo
existe quem não saiba que eu escrevo
nem o que escrevo
nem entendem quando lêem
mas, eu não escrevo para eles.
nem o que escrevo
nem entendem quando lêem
mas, eu não escrevo para eles.
terça-feira, 8 de março de 2011
Dicionário(2)
tem dias que o brancor das páginas
ocupa a vaga das rimas
e todas as palavras dadas em ritmo
perdem-se nas miúdas
letras de um dicionário
dito o esquecido
parte pras margens do poema,
a inspiração!
ocupa a vaga das rimas
e todas as palavras dadas em ritmo
perdem-se nas miúdas
letras de um dicionário
dito o esquecido
parte pras margens do poema,
a inspiração!
segunda-feira, 7 de março de 2011
Dicionário
tem dias que ao virar
a página do dicionário
os sentidos sentem
e cada palavra é,
aquela que quer ser!
a página do dicionário
os sentidos sentem
e cada palavra é,
aquela que quer ser!
Ao poeta budista
Quando o poeta budista
Começou a medir distância
Em beijos, sua poesia afundou
1000 beijos na profundidade da alma
[Abraçou forte o âmago humano]
Sufocou a voz do silêncio
E ela gritou
A dor dos 1000 beijos de profundidade
Começou a medir distância
Em beijos, sua poesia afundou
1000 beijos na profundidade da alma
[Abraçou forte o âmago humano]
Sufocou a voz do silêncio
E ela gritou
A dor dos 1000 beijos de profundidade
sábado, 5 de março de 2011
sexta-feira, 4 de março de 2011
Pés marcados
A desmedida do contrario
Uma noite inteira no trabalho
Tormentos de um sonho mau vivido
Olheiras corroendo o mundo
E a poesia comendo a alma
Minha ama desnutrida
Inteiramente corrompida
Olhos que vêem o mar das trevas
A fumaça que controla os atos vãos
Língua amarga e ácida
Feridas abertas na calçada
A calma lavada pela lágrima
Nuvens carregadas de angústia
Tristeza e mágoas
Flechas cravadas na cabeça
Um coração rachado no meio
Sangrando nas engrenagens
De pés marcados
por espinhos sagrados.
Uma noite inteira no trabalho
Tormentos de um sonho mau vivido
Olheiras corroendo o mundo
E a poesia comendo a alma
Minha ama desnutrida
Inteiramente corrompida
Olhos que vêem o mar das trevas
A fumaça que controla os atos vãos
Língua amarga e ácida
Feridas abertas na calçada
A calma lavada pela lágrima
Nuvens carregadas de angústia
Tristeza e mágoas
Flechas cravadas na cabeça
Um coração rachado no meio
Sangrando nas engrenagens
De pés marcados
por espinhos sagrados.
quinta-feira, 3 de março de 2011
quarta-feira, 2 de março de 2011
Rimas como contas
Escrevo em verso
Para ver em seu pescoço
As rimas em contas
Formando um lindo colar.
Quando a linha acaba
Ou rompe
As contas sobram
Esborram num pote
E a alma de poeta
Tenta juntar uma a uma
E formar um rosário
Para então rezar 108 vezes
A paz interior
Restaurada novamente
Se vê inteira num poema
Escrito e bem guardado na gaveta.
Para ver em seu pescoço
As rimas em contas
Formando um lindo colar.
Quando a linha acaba
Ou rompe
As contas sobram
Esborram num pote
E a alma de poeta
Tenta juntar uma a uma
E formar um rosário
Para então rezar 108 vezes
A paz interior
Restaurada novamente
Se vê inteira num poema
Escrito e bem guardado na gaveta.
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