segunda-feira, 8 de junho de 2009

Crimes

Quantas palavras eu não engoli
E quantos lápis gastei
Folhas e mais folhas assinadas
Com o seu e o meu nome
Ate as borrachas que usei foram de mais
Desnecessárias
Quantas mágoas eu cuspi
E deitei para dormir
Anos são muitos quando desperdiçados
Os crimes que comecei
E que nenhum eu terminei
Tudo que eu fiz
Ei! Deixe um pouco de cerveja para mim
Quero ficar bêbado
Mais uma vez ao seu lado
E cometer outra besteira
Falar outra asneira
Vomitar no seu tapete
Quantas palavras carregadas de magoas
Eu proferi
Joguei no seu peito
Enfiei em sua consciência
Espanquei o seu ego
Amei sozinho por muito tempo
O espaço vazio e solitário
Negro e azul
De Céu de nuvens violetas

Mas hoje não tenho nada
Nem alegrias nem muito menos tristezas
Vejo o branco que eu deixei
e minhas palavras não conseguem tocar

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