quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Nos reinos do esquecer

É horrenda a estadia nos reinos do esquecer
Sou Poeta, o sozinho
Estranho jubilo melancólico
Que encontra a morte
E beija a face da escuridão
Olhos esbranquiçados
Onde a luz não atinge
Trevas não dominam
Nem medo carrega
O sorriso amarelo e amargo
De nascença e de burrice
Pés e mãos atados na corrente
De um mar enfurecido
Estou esquecido
Perfurado por lanças
Meu maior pecado
Sanguessuga, carniceiro
Sou Poeta, o menestrel
Que canta a loucura
E procura um abrigo
Ensandecido, fedendo a sangue
Sangue de meus dedos
Arrasados nas paredes solidas
Do pensamento.

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