sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sementes

Oriundos da profundeza do ser
Satisfeitos com a sujeira
Embelecidos com luz e a chuva

Velas e sombras na parede
Cigarros acesos e cinzas no cinzeiro
Peões na quarta casa
Goela abaixo muito álcool e desejo

Atrás do quadro negro
Rabiscados com o conhecimento
Estavam as chaves do saber
De cara fechada não queriam abrir

Sentimentos são sementes
Que adubadas da forma certa
Florescem belamente
Encantam nossa mente
E apodrecem lentamente
Corroem com força
Fazem-nos deitar e chorar

Vamos levantar a cabeça
Por o peão na quinta casa
Saborear cada rancor e cada magoa
Beijar cada sentimento alegre
Deitar com os desejos

Vamos apagar o quadro negro
E jogar as chaves fora
Encontrar nosso próprio caminho
Nossa própria porta
Vamos regar tudo isso
Com um pouco mais de calma

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Universo no chão

Tudo que penso
sobre o universo
não cabe
nos ladrillhos do chão

Lisergia

São os movimentos
Lisérgicos da vida
Louca, estranha, paralela
Parabólica
Vida, vidinha, vidão...
As visões, as escritas
Os poemas
As caricaturas, os desenhos animados
O caos, o medo
Paredes abrindo-se para o nada
Portas fechadas em nossa mente
Corpos cobertos de feridas
Cascas grossas
Lisergia evoluída

O queimar das flores

Flores queimando
Sobre a mesa
Pois ando saindo do eixo
Astral e epiléptico
Muita energia
Mantras esquecidos

Ando sobre os pés
Que me guiam a loucura
Esquecimento
Aborreço-me com quase tudo
Mas me acalmo com um único som
Um Dó, um Sol, sua voz
Seu ser, não ter
...
Amar o mar interior
Afogado em seus instintos
Flores nascendo em minha boca
Raízes em mãos e pés